CULTURA AFRO-BRASILEIRA,
MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS>>
por Adinéia da Silva Leme
MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS>>
por Adinéia da Silva Leme
Em função de adquirir um maior conhecimento sobre
o assunto e sensibilizar os alunos sobre o ensino da
cultura afro-brasileira e, principalmente, a necessidade
de expandir o conhecimento da Lei 10.639/03, que foi
aprovada e não está sendo totalmente usada em nosso
município, pesquisamos o assunto junto com os alunos
das 8ª séries. Em nossa escola trabalhamos a História
e a Geografia em conjunto, os planejamentos são feitos
visando a interdisciplinariedade e, assim, montamos e
desenvolvemos um projeto sobre a cultura afro-brasileira
para apresentação na Feira de Conhecimento da Escola
Municipal Paulo Freire e na Semana da Consciência Negra.
O projeto descrevia o caminho percorrido pelos povos
africanos, desde sua captura nos confins da África, a escravidão
imposta a eles assim que chegaram ao novo e desconhecido
continente, suas lutas, passando pela sua liberdade até hoje.
Os alunos evidenciaram os horrores e as desumanidades pelas
quais passaram os cativos durante a escravidão, mostrando
como esses seres sensíveis a dor, à humilhação, ao frio e a fome,
sofreram. Entenderam a relevância do assunto e analisaram
como, até hoje, o preconceito contra os negros ainda é evidente
em nosso país. Não foram esquecidas também as lutas dos
estados em prol da liberdade, suas revoltas pelo tratamento
desumano e a vida nos quilombos, que representavam um
atalho para o fim da opressão. Também se evidenciaram os
momentos mágicos de suas festas, seus cultos às divindades,
suas músicas e sua inigualável cultura transmitida e que
perdura até os dias atuais.
Ao lerem alguns trechos do livro Casa Grande & Senzala,
de Gilberto Freyre, conseguiram assimilar a formação do
povo brasileiro e a importância da miscigenação de raças e
a diversidade cultural que se formou a partir dessa mistura
de povos. Puderam também identificar e analisar o impacto
das transformações culturais, comparando a densidade das
relações e analisando estas transformações, refletindo sobre
o universo da cultura afro-brasileira para a eliminação de
ideias e atitudes estereotipadas e preconceituosas.
Esse trabalho lhes proporcionou a oportunidade de
assimilar a necessidade de uma consciência profunda
e ampla da importância da raça negra no processo de
formação histórica cultural brasileira. Através do contato
com a verdadeira história desses povos podem adotar
atitudes de respeito e reconhecimento pelas diferenças
culturais entre as pessoas, contribuindo para um melhor
convívio numa sociedade democrática e pluralista.
Ao final da pesquisa ficou claro que precisamos
demonstrar a importância e a necessidade de estudar a
África e os povos afro-brasileiros, conhecer e compreender
o passado para entender o nosso presente. Fazer com que
a comunidade escolar diga não ao racismo, buscando uma
maior compreensão por parte do corpo docente em relação à
necessidade de inserção do estudo da cultura
afro em nossas escolas e sensibilizando a
comunidade escolar e seu entorno quanto ao
reconhecimento das diferenças, sem medo,
receio ou preconceito.
o assunto e sensibilizar os alunos sobre o ensino da
cultura afro-brasileira e, principalmente, a necessidade
de expandir o conhecimento da Lei 10.639/03, que foi
aprovada e não está sendo totalmente usada em nosso
município, pesquisamos o assunto junto com os alunos
das 8ª séries. Em nossa escola trabalhamos a História
e a Geografia em conjunto, os planejamentos são feitos
visando a interdisciplinariedade e, assim, montamos e
desenvolvemos um projeto sobre a cultura afro-brasileira
para apresentação na Feira de Conhecimento da Escola
Municipal Paulo Freire e na Semana da Consciência Negra.
O projeto descrevia o caminho percorrido pelos povos
africanos, desde sua captura nos confins da África, a escravidão
imposta a eles assim que chegaram ao novo e desconhecido
continente, suas lutas, passando pela sua liberdade até hoje.
Os alunos evidenciaram os horrores e as desumanidades pelas
quais passaram os cativos durante a escravidão, mostrando
como esses seres sensíveis a dor, à humilhação, ao frio e a fome,
sofreram. Entenderam a relevância do assunto e analisaram
como, até hoje, o preconceito contra os negros ainda é evidente
em nosso país. Não foram esquecidas também as lutas dos
estados em prol da liberdade, suas revoltas pelo tratamento
desumano e a vida nos quilombos, que representavam um
atalho para o fim da opressão. Também se evidenciaram os
momentos mágicos de suas festas, seus cultos às divindades,
suas músicas e sua inigualável cultura transmitida e que
perdura até os dias atuais.
Ao lerem alguns trechos do livro Casa Grande & Senzala,
de Gilberto Freyre, conseguiram assimilar a formação do
povo brasileiro e a importância da miscigenação de raças e
a diversidade cultural que se formou a partir dessa mistura
de povos. Puderam também identificar e analisar o impacto
das transformações culturais, comparando a densidade das
relações e analisando estas transformações, refletindo sobre
o universo da cultura afro-brasileira para a eliminação de
ideias e atitudes estereotipadas e preconceituosas.
Esse trabalho lhes proporcionou a oportunidade de
assimilar a necessidade de uma consciência profunda
e ampla da importância da raça negra no processo de
formação histórica cultural brasileira. Através do contato
com a verdadeira história desses povos podem adotar
atitudes de respeito e reconhecimento pelas diferenças
culturais entre as pessoas, contribuindo para um melhor
convívio numa sociedade democrática e pluralista.
Ao final da pesquisa ficou claro que precisamos
demonstrar a importância e a necessidade de estudar a
África e os povos afro-brasileiros, conhecer e compreender
o passado para entender o nosso presente. Fazer com que
a comunidade escolar diga não ao racismo, buscando uma
maior compreensão por parte do corpo docente em relação à
necessidade de inserção do estudo da cultura
afro em nossas escolas e sensibilizando a
comunidade escolar e seu entorno quanto ao
reconhecimento das diferenças, sem medo,
receio ou preconceito.
Professor se você tem alguma experiência que queira compartilhar com outras docentes envie-nos os detalhes no e-mail geografia@criativo.art.br
